Seu Corpo, Café da Manhã, Os Seus Botões, Falando Sério, O Côncavo e o Convexo, Eu e Ela (Ao Vivo)
[Intro]
Minha vida tem sido um amar sem pontas
Lúcidas ou tontas, muitas, mas não tantas
Umas à luz do sol, outras em brumas
No sarro ou no carro
Na febre do carro, algumas
Que me perdoem as palavras que usei pensando nela
Mas o suor dela ainda escorre no meu peito
Com ela, o gesto do amor é perfeito
[Seu Corpo]
No seu corpo é que eu encontro
Depois do amor, o descanso
E essa paz infinita
No seu corpo, minhas mãos
Se deslizam e se firmam
Numa curva mais bonita
No seu corpo o meu momento
É mais perfeito
E eu sinto no seu peito
O meu coração bater
E é no meio desse abraço
Que eu me amasso
E me entrego pra você
[Interlúdio]
Eu quero aquela hora em que os gestos valem todas as palavras
Eu quero ganhar tempo no tempo que voa rumo ao dia, que agonia
Eu quero a noite cortada de gemidos e sussurros
Eu quero, eu quero as palavras dos amantes
Eu quero tudo como antes
Tudo a dois
Descansar só depois
[Café da Manhã]
Amanhã de manhã
Vou pedir o café pra nós dois
Te fazer um carinho e depois
Te envolver em meus braços
E em meus abraços
Na desordem do quarto esperar
Lentamente você despertar
E te amar na manhã outra vez
Amanhã de manhã
Nossa chama outra vez tão acesa
E o café esfriando na mesa
Esquecemos de tudo
[Interlúdio]
Eu sempre vou ver você assim
Como um momento de retrato
Gravado na minha retina
Você menina, bicho do mato
Você guiando nosso amor no rumo exato
Conduzindo os nossos corpos a delírios incríveis
Nós dois, guerreiros invencíveis nas batalhas
[Os Seus Botões]
Nos lençóis macios, amantes se dão
Travesseiros soltos, roupas pelo chão
Braços que se abraçam, bocas que murmuram
Palavras de amor enquanto se procuram
Os botões da blusa que você usava
E, meio confusa, desabotoava
Iam, pouco a pouco, me deixando ver
No meio de tudo, um pouco de você
[Interlúdio]
Ah, e aquela voz rouquinha
Tipo fulaninha
Aquela falinha arrastada
Ai, eu te acho uma parada
Não seria nada mal eu cantar ser o galã do seu fio dental
Aquela vontade que dá de recuperar o que está feito
Aquela beleza toda pra mim
Colocá-la do meu jeito e dizer exatamente assim:
[Falando Sério]
Falando sério
Eu não queria ter você por um programa
E apenas ser mais um na sua cama
Por uma noite apenas e nada mais
Falando sério
Entre nós dois tinha que haver mais sentimento
Não quero seu amor por um momento
E ter a vida inteira pra me arrepender
[Interlúdio]
Mas é claro que eu já fiz charme
Mas quem não fez?
Já dei de machão
E voltei atrás
Parti pra sempre
Retornei de vez
É, eu sou assim
Exatamente igual a vocês
E vocês não são diferentes de mim
[O Côncavo e O Convexo]
Nosso amor é assim, pra você e pra mim
Como manda a receita
Nossas curvas se acham, as formas se encaixam
Na medida perfeita
Esse amor é pra nós a loucura que traz
Esse sonho de paz e é bonito demais
Quando a gente se beija, se ama e se esquece
Da vida lá fora
Cada parte de nós tem a forma ideal
Quando juntas estão, coincidência total
Do côncavo e o convexo
Assim é nosso amor
[Interlúdio]
Eu saberia distingui-la entre todas que já quis
É que ela tem o cheiro do que eu amo
Nós somos o encontro quase exato de perfis
Em qualquer momento, em qualquer plano
Nós temos, nós temos quase as mesmas digitais
Nós somos quase iguais
[Eu e Ela]
Um grande amor começa agora
Tudo é um sonho lindo para mim
Você entrou na minha história
O amor não escolhe a hora
Pega a gente e deixa assim
As emoções estão nessa estrada
Pra se viver a todo momento
E quando vem a madrugada
Coisas lindas são faladas
Nosso amor é mesmo assim
Eu e ela, eu e ela
Somos dois apaixonados
Caminhamos lado a lado
Nesse amor sem fim
Eu e ela, eu e ela
Somos mais que dois amantes
Cada dia mais que antes
Nesse amor
Eu e ela, eu e ela
Somos dois apaixonados
Caminhamos lado a lado
Nesse amor sem fim
Eu e ela, eu e ela
Somos mais que dois amantes
Cada dia mais que antes
Nesse amor