O antónio e o seu menino
Não se deixam encontrar
Só se têm um ao outro
E vão os dois para o rio pescar e namorar
O antónio e o seu menino
Só querem tempo pra se amar
E os peixes dizem não
Ao sermão que o nosso santo está a dar
E o santo dá-lhe de mamar
Para o menino não chorar
E o santo dá-lhe de mamar
Para o menino não chorar
O antónio ao seu menino
Leu-lhe para o acalmar
Depois das cartas da soror
Vêm os cantos de maldoror para aligeirar
O antónio e o seu menino
Raro param para falar
E no meio da emoção
Ja nem há tempo para se não dar que pensar
E o santo dá-lhe que fazer
Para o menino não se aborrecer
E o santo dá-lhe que fazer
Para o menino não adormecer